segunda-feira, 26 de julho de 2010

Quatro pouco comentados






1- O que significa um drama (como “Mellon Collie & the infinite sadness” de Smashing Pumpkins) para alguém que trabalha toda a sua vida tentando entender a mente dos outros?
Será que observar e tentar traduzir é mais fácil do que vivenciar e tentar resolver?


2- Qual é a distância entre o lúdico e o real? Qual é o papel do sonho na vida de um ser?
Até que ponto a cruel realidade te pode privar de sonhar e de procurar a sua felicidade?


3- Como valores conservadores e autoritários e o fanatismo religioso podem influenciar na formação de caráter de indivíduos? E como tais características sociais podem ser decisivas na construção de ideologias perversas?

4- O que as fotografias deixam transparecer em relação ao sentimento das pessoas?
O que significa para um ser a sua paixão, seja ela um time de futebol ou uma cerveja com os amigos? De que é capaz o ódio? E o amor?


Desce uma gelada, primo...

Quatro assuntos essenciais! Quatro filmes essenciais!
É incrível como aquele filme que fica lá no cantinho da prateleira da locadora, ou naquela única sessão daquele cinema cult e longe de casa pode deixar-nos boquiabertos.
Esse é o caso dos filmes 1, 2, 3 e 4 citados acima. São películas que tratam o homem como um ser que pensa, sente e reage a situações impostas por seu contexto histórico, social e cultural.

Nomes: 1- La stranza del figlio (Itália – 2001), 2- Linha de passe (Brasil – 2008), 3- Das weiße Band (Alemanha – 2009), 4- El secreto de tus ojos (Argentina – 2009).

O que mais chama a atenção em relação a tais filmes é que, pelo menos em nosso país, não obtiveram êxito algum. Mesmo o “tupiniquim” Linha de Passe sequer foi comentado nos meios de comunicação de massa, apesar de belíssima recepção que teve no exterior.

Fecha a conta, garçom. Hoje é só uma e não tem saideira.

Assistam. Vamos debatê-los...

Se vão gostar ou não? Não posso garantir. Só duas coisas estão garantidas em tais filmes: Muita reflexão e muitas dúvidas.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sobre espanhóis e holandeses




Um jogo de cartas marcadas? Uma campeã anunciada há dois anos na Euro, mesmo com a desconfiança de todos face à fatídica derrota para a fraca Suíça na primeira rodada do mundial? Não sei.
Futebol é um esporte no mínimo intrigante. No mínimo curioso.

Não é novidade para ninguém que tanto Espanha quanto Holanda são seleções que sempre fizeram belas campanhas (jogando um belo futebol) em copas, mas nunca haviam chegado ao título... Nunca HAVIAM...
Como não tinha jeito de pegar a taça e parti-la ao meio, alguém precisou ganhar. A Espanha o fez.

Durante todo o jogo vimos duas seleções que, por mais que estivessem nervosas, queriam mostrar que “faziam samba” também. O tal nervosismo fica explícito quando jogadores que não costumam perder gols (Robben e Villa) o fazem; ou quando a Holanda começa mais a bater do que jogar bola; ou quando os passes precisos ao estilo “Tiki-taka” da Espanha já não saem com tanta precisão...

Eis chega a prorrogação.

Prorrogação...
Pés de Fábregas...
Um passe preciso...
E... (Como se estivéssemos relendo o livro “A vingança do timão”)


...A bola que chegou a Iniesta saiu como um foguete, resvalou na luva do goleiro holandês, entrou no gol, furou a rede, bateu na cabeça de comentaristas futebolísticos hipócritas que defendem o futebol “resultadista” contra o bem jogado e ainda assim criticavam o Dunga por não ter levado Ganso, passou dando um “hasta” ou “salve” para Maradona e Dunga, e caiu em cima do túmulo de Dani Jarque, jogador espanhol morto em 2009 e amigo de Iniesta.
Era tarde demais. Robben e Sneijder são muito bons, mas não o suficiente para fazer mágica, como faziam Van Basten e Gullit, ou Cruyff e Neeskens.

Fim de jogo: A ESPANHA É FINALMENTE CAMPEÃ DO MUNDO. Deixou de ser “la furia” para se tornar “LA ROJA”... Título merecido para quem apresentou um futebol mais vistoso. Talvez o melhor futebol do mundo atualmente.

Mas e a Holanda? Estaremos vivos para vê-la ser também?
Tomara... “O céu é só uma promessa...”.

Boas vindas aos butequeiros




"Seu garçom faça o favor de me trazer depressa uma boa média que não seja requentada. Um pão bem quente com manteiga à beça, guardanapo. Um copo dágua bem gelada.
Feche a porta da direita com muito cuidado, que eu não estou disposto a ficar exposto ao Sol.
Vá perguntar ao seu freguês do lado qual foi o resultado do futebol.." (Noel Rosa)


Sejam bem vindos!
A toalha está nova e limpa. Podem assentar-se.
O que vão querer beber? “Meia dúzia de Brahma” como cantarolava Chico?
E para comer? Fígado acebolado com jiló? Boa pedida!
Nosso bar é novo na região e o cardápio é bem variado. Temos futebol, política, cinema, música, literatura... Tudo ao gosto do cliente.

Lembra daquele filme injustiçado no Oscar de 2002? E daquela partida linda de futebol da copa de 1986?
Música dos anos 90? Ou 80?
Best-sellers de 2000 pra cá? Eleições de 1989?

Como dizia Gonzaguinha: “Mesa de bar é lugar para tudo que é papo da vida rolar”.

Fiquem à vontade... a mesa é de vocês.